quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Conhecimento que transforma

Você já parou para pensar o quanto de informação temos disponível hoje? E a facilidade de acesso a ela? Tão grande quanto! E informação leva, não raro, a Conhecimento. Hoje uma criança de 12 anos tem uma gama maior de conhecimento do que muito marmanjo na casa dos "enta" por aí. Mas o interessante é: Que conhecimento é esse? O que ele tem provocado nas novas gerações?

Sabemos que existem vários "tipos" de conhecimento, a saber:
O conhecimento científico, que é aquele comprovado por estudos específicos e dotado de grande estima pela maioria das pessoas;
O conhecimento empírico, que é aquele adquirido através da observação ou mesmo experiência de um fato sem necessariamente comprovarmos todos os elementos que compõe o fato;
O conhecimento popular, muitas vezes confundido com o conhecimento empírico, mas difere do mesmo no que diz respeito a forma como o mesmo acontece.
E muitos outros tipos.

Mas a grande pergunta é: O conhecimento de hoje tem conseguido transformar as pessoas?

Hoje sabemos "um pouco de tudo", porém sabemos com profundidade de pouquissímas coisas.
É um paradoxo: Saber de muito, porém pouco!

Faça um teste: Pense no conhecimento que você adquiriu nos últimos 3 ou 5 anos. Foi muito ou foi pouco? A tendência é todo mundo responder que foi MUITO! Claro, o ser humano tem dificuldade em admitir que passou 3 ou 5 anos da vida sem evoluir consideravelmente seu conhecimento, ainda mais num mundo com tanta informação como dizíamo logo atrás. Mas se foi muito, me diga, como isso transformou a sua vida? Quais as mudanças que foram provocadas (boas ou ruins) e como isso mudou também a direção do seu agir e pensar?

Continua considerando que foi muito? Ótimo! Porque o conhecimento só tem valor se ele transforma. Se ele não transforma, ele é inútil. Ele serve apenas para você "se gabar" e mostrar que " você sabe" para alguns poucos pobres coitados. Um conhecimento que não transforma é mais nocivo do que o "não saber", pois ele te impede de buscar coisas novas, novos ares ou novas experiências, afinal, você já sabe de tudo mesmo, por que se arriscar com aquilo que você acha que não vale a pena?

O conhecimento transformador te leva a algo novo. Faz de você um ser humano diferente.

Mas como chegar ao conhecimento transformador? Eu tenho uma pista que vou compartilhar:
Se deseja conhecer algo, conheça a fundo! Quanto mais profundo você conhecer "esse algo", mais vai gostar dele, ou mais vai odiá-lo. Não importa! É fato que se você ficar se informando "mais ou menos" sobre tudo você nunca vai chegar a conclusão nenhuma. Ou pior, vai cair na armadilha de achar que a conclusão do outro é a certa, como a daquele cara que eu citei ali atrás que gosta de "mostrar que sabe".

Duas coisas que nunca devíamos deixar de fazer: Conversar com os mais velhos e ler o que está "além da Internet". Perceba que a tal "geração Y" NÃO faz exatamente isso! Tente conversar com alguém da tal dita "geração Y" por mais de 30 minutos sobre um tema que não esteja correndo pelo Facebook, Twitter, e outros afins. É uma catástrofe! São poucos os que se salvam.

Um ponto importante a dizer, antes que alguém me diga é: O objetivo do POST não é afirmar que devemos saber muito de tudo. Isso é utópico! Quero com esse POST ressaltar a importância de conhecermos muito bem pelo menos aquilo que gostamos, ou que não gostamos, até para poder darmos ciência do nosso bem-querer ou mal-querer de algo.

Você só saberá se um conhecimento adquirido foi válido ou não quando ele mudar alguma coisa em você. Mas lembre-se, para isso, você vai precisar conhecer mais a fundo.

Seja você mesmo(a)! Transforme-SE. Conheça!

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Religião e Politica não se discute! Não mesmo?

Acho que todo mundo já cansou de ouvir essa frase, não? "Religião e Política não se discute!". Eu pelo menos já ouvi uma centena de vezes, e algumas vezes, saiu da minha própria boca. Mas, se isso não se discute, o que temos para discutir? Se a Carminha vai se dar mal no final da novela? Ou o que rolou no programa Panico na TV do último domingo? Ou então, o assunto do momento: Se o Ronaldo fenômeno vai conseguir emagrecer?. Pelo menos esses eram os assuntos mais lidos/discutidos nos sites do UOL, TERRA e IG enquanto eu escrevo esse POST. Afinal, o que sobrou para 'discutirmos'?

Penso que o problema não esteja no objeto da discussão, mas sim, no objetivo desta. Se não vejamos: Quando resolvo discutir Politica ou Religião, parto do princípio que o que eu tenho a apresentar está correto, ou seja, é a minha concepção de verdade, logo, a opinião que vou expor está certa e minha 'missão' nesse caso é provar isso ao meu interlocutor, certo? ERRADO! Esse é o problema! Querer provar que está certo e, principalmente, não admitir que o outro pense diferente de você. Por isso acabamos 'batendo boca' e tornamos algo que era para ser saudável em algo desgastante e infrutífero. Depois acabamos discutindo apenas coisas sem nenhuma relevância, como os assuntos que eu citei lá em cima, porque isso não me perturba nas minhas certezas e não tenho que dar prova que estou certo ou errado.

Falta-nos a capacidade de respeitar a opinião do outro, por mais absurda que seja, e aproveitarmos o tempo que temos para expor as nossas próprias opiniões e crenças, sem que isso incorra necessariamente em ter que convencer o próximo que ele deva pensar do mesmo jeito que eu.

Note bem como, e isso falo me incluindo, quando estamos discutindo algo de maior relevância, chega um dado momento, em que nos preocupamos mais em dar cabo dos argumentos alheios do que em reforçarmos nossas bases ou popularmos melhor o nosso discurso com fatos ou algo concreto que valide nossa retórica. Torna-se um jogo onde vence quem ataca mais, ou derruba mais vezes o 'adversário'. Típico do ser humano em busca de auto-afirmação.

Mas por que falei tudo isso até agora? Vou discutir Religião ou Política com alguém aqui no Blog? Nãoooo! Nem poderia, pois quando criei o Blog criei junto uma regra que jamais utilizaria ele para rebater qualquer um que quisesse expor sua opinião aqui junto comigo, desde que o fizesse de forma respeitosa.

Digo tudo isso porque no próximo domingo vamos mais vez, a cada biênio, as urnas! E o que discutimos até agora para melhorar ou lapidar mais nossa opinião com relação aos Políticos ou a Política que aí está. 

A discussão é salutar. Ela é necessária, no mínimo, para que você possa concretizar aquilo que a sua mente carrega em forma de pensar. Discuta sim, mas não faça para provar ao outro sua opinião, mas para reforça-la a si mesmo. Fuja de pessoas que tentam, com poder de persuasão inato, e verborragia exacerbada, convencer você a todo custo que elas estão certas. Essas pessoas dificilmente vão lhe acrescentar algo de útil, em contrapartida, se aproxime de pessoas que demonstram saber o que estão falando e podem lhe apontar os caminhos que as levaram a escolher por esse ou aquele partido/candidato.

Hoje, quinta-feira, tem debate na EPTV Ribeirão. Você vai assistir? Com qual intuito? Analisar o pouco de proposta que é apresentada nesses 'embates públicos' ou meramente assistir ao espetáculo como se estivesse com um ingresso de Circo nas mãos? Comece exercitando sua própria consciência.

Mais importante ainda: VOTE! "Política é a arte de escolher o menos ruim". Você não vai escolher o melhor, pois isso é muito subjetivo. Mas vá lá no domingo e faça valer o seu DIREITO. Isso mesmo, Voto não é obrigação, é DIREITO.

Para finalizar: Discuta Política e Religião SIM! Mas só o faça se você estiver pronto a ouvir, e a pessoa que está conversando contigo também o esteja, caso contrário, realmente, é algo inútil.

BOA VOTAÇÃO!!

André Torrieri