quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Filme da Bruna Surfistinha??!!

Sério mesmo? Filme contando a "história de sucesso" de uma garota que teve todas as oportunidades e preferiu ser prostituta? Será que já é o fundo do poço para o Cinema Brasileiro ou ainda tem algo pior por vir? E a Debora Secco dizendo que foi um dos papéis mais difíceis de interpretar! Como assim??!!
Confesso que não assisti o filme - afinal não foi lançado ainda - mas de qualquer forma também não tenho a intenção de assisti-lo. Mas isso não invalida o que eu estava pensando a respeito disso. Qual é o objetivo de alguém, ou de algumas pessoas, quando decidem produzir algo assim? Apenas faturar uma grana? Ou será que essas mesmas pessoas depois de um tempo virão até nós para dizer aquelas baboseiras do tipo "...Foi um trabalho para retratar os desvios da sociedade..." .... ou então poderão dizer "...é uma personagem muito complexa pois vivia varios conflitos que muitas garotas vivem hoje..." .... ou ainda "...é um exemplo para todos aqueles que viram as costas para os desejos e anseios de seus filhos..."
A verdade é que vale tudo na hora de "seduzir" o espectador, seja ele de televisão, seja ele de cinema.
Antigamente o cinema brasileiro recebia críticas porque tinha um forte apelo sexual - muita nudez e cenas de sexo - mas hoje a coisa é muito mais grave. Quando trazemos para o cinema, e depois para dentro dos lares - porque com certeza esse filme será exibido em algum momento nas "Tela Quente" da vida, histórias como essa e que retratam, de certa forma, algum tipo de superação por parte do protagonista, estamos dizendo "ok ok ... o filme tinha mulher pelada mas também tinha um conteúdo interessante como plano de fundo"...aí sim...aí a coisa fica preocupante. Nesse momento, meus amigos e minhas amigas, estamos transformando um péssimo exemplo em algo a ser pensado dentro dos nossos lares.
Não estou querendo dizer que o que aconteceu a essa moça, Raquel Pacheco (prefiro chama-la pelo nome de Batismo, e não pelo nome que infelizmente ficou conhecida) , seja algo a ser desprezado, pois afinal de contas, ao meu ver, é triste ver algo assim. Mas fazermos um filme contando isso, aí eu já acho demais!! Me desculpem!!
Precisamos urgente rever nossos conceitos do que é interessante e o que não é interessante de se ver, pois enquanto estamos deixando que os diretores e produtores de televisão e cinema decidam, a vaca, que já estava no brejo, vai se atolando cada vez mais.